Amar é diferente de servir...
- Letícia Chaves
- 24 de jul. de 2024
- 2 min de leitura
Como você foi ensinada a amar? Em algum momento já te ensinaram que você precisa ser útil para merecer o amor?
Muitas vezes nós idealizamos um amor, o amor romântico, os relacionamentos, mas pensa bem... como você ama? como você é amada?
Na infância é comum cenas de mulheres constantemente cuidando de várias tarefas ao mesmo tempo, filhos, serviços domésticos, trabalho, um ciclo sem fim e de maneira naturalizada. Por vezes, essa dinâmica é vista por essas mulheres como necessária, e podem procurar o amor através do serviço, "sou amada pois sou útil".
Se entrarmos nessa lógica percebemos que há uma conveniência em uma pessoa que está ali para servir, isso coloca o amor na prateleira da utilidade que aquela pessoa tem para você.
Há uma socialização do ato de fazer algo em troca de amor, atos de serviço e isso implanta uma dívida que é: receber o amor, e caso não receba, vem a culpa de que não fez algo bom o bastante para ser digna de ser amada ou cria um ciclo de querer se mostrar útil para não ser dispensada em uma relação.
É importante lembrar que o amor não mora na dívida, não é possível controlar o amor do outro e nem se deve querer esse controle, seja qual tipo de relação afetiva for. Se você apenas se sente amada após fazer algo útil, as pessoas te amam ou amam os seus serviços? essa pessoa quer ser cuidada por mim ou quer ser servida por mim?
Dentro do amor existe o cuidado, o prazer em fazer a comida preferida de alguém, cuidar da saúde entre outras coisas, mas não se pode medir o amor exclusivamente por essa dívida. É impraticável viver a vida sozinho, vivemos em sociedade. Por isso o amor deve ser vivido durante o percurso da vida, de forma leve, com uma rede de apoio de pessoas que te enxergam, respeitam, cuidam.
Se em suas relações você percebe alguns incômodos ou conflitos que envolvem esse tema entre em contato e vamos mergulhar no seu autoconhecimento, será um prazer te acompanhar!